James Douglas Morrison (1943-1971), vocalista dos Doors, é o inspirador do título deste blogue.
Atravessei com ele grande parte do período da minha adolescência. Ficaram marcas indeléveis.
Presto-lhe hoje a minha homenagem adulta, apesar de reconhecer na sua mensagem irreverente e contrária à do Peace & Love, da generalidade das bandas do seu tempo, algo de negativo, que não perfilho nem aconselho. Ficou, contudo, em mim, muito arreigado, o espírito crítico inerente à essência do desassossego de Jim.
Marginal convicto, perseguiu uma felicidade que não poderia encontrar, pois o seu apelo à diferença impelia-o a suscitar a violência. Foi uma viagem curta mas intensa, de uma genialidade musical que se associa ao seu carácter inquieto, à sua necessidade de afirmação pela não aceitação de massificação nem hipocrisia.
Não podia deixar de ser ele (pela minha mão, claro!) a abrir um blogue que pretende ser exclusivamente musical.
A música é, contudo, um mundo em si própria. Assim seja este espaço virtual.
Pretendo que por aqui haja de tudo, entre mestres e criaturas novas - provocando delírios about music.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Lista de Interessados no Desafio sobre o Festival



Lita ( a desafiadora)
Lady (a promotora)
Tiago
Vítor
Aníbal Meireles

Nota: Desta vez, terá de haver manifestação de opiniões, argumentação, discussão, ok!?

7 comentários:

Vítor disse...

Apesar de só me sentir habilitado para apreciar para aí metade da coisa, conta comigo!
[Tens razão, nunca chegámos a discutir as nossas escolhas para a década de 80. Pela minha parte: "mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa"!]

Aníbal Meireles disse...

Tens razão Vìtor, faço minhas as tuas palavras relativas aos anos '80. Ainda estamos a tempo!

Mas não temos o tempo todo, porque, deixo já no ar que este ano era engraçado fazer a lista dos anos noventa. E porquê este ano ? Porque para o próximo já entramos no período de começar a pensar fazermos a desta década, que está quase no fim. Ah pois é, o tempo voa!

Lady, deixo-te a sugestão, de daqui por uns meses orqanizares uma coisa em grande para os anos noventa!

Ah, claro, conta comigo para os festivais!

Anónimo disse...

Das 44 canções que Portugal levou à Eurovisão vou destacar 3 grupos,tendo cada grupo 4 canções.Escolhi estas por gostar da letra ou da música, ou porque me marcaram de alguma forma.

Em 1º lugar,o seguinte grupo,empatados:
Lusitana Paixão, Dulce Pontes, 1991
Amor d'Água Fresca, Dina, 1992
Chamar a Música, Sara Tavares, 1994
Deixa-me Sonhar, Rita Guerra, 2002

Em 2º lugar:
Ele e ela, Madalena Iglésias, 1966
Desfolhada, Simone de Oliveira, 1969
E depois do adeus, Paulo de Carvalho, 1974
Uma flor de verde pinho, Carlos do Carmo, 1976

Em 3º lugar:
Sobe, sobe, balão sobe, Manuela Bravo, 1979
Esta balada que te dou, Armando Gama, 1983
Silêncio e tanta gente, Maria Guinot,1984
Penso em ti, Adelaide Ferreira, 1985

Quero acrescentar que, para mim, a a mais bela canção que apareceu nos nossos festivais, não ganhou... foi cantada por Carlos do Carmo, em 1976 (para quem não se lembra nesse ano ele foi o único concorrente, com várias canções. "Estrela da Tarde"...linda, linda!Na altura,pasmem, eu só tinha 5 anos e já achei que esta é que devia ter ganho!E continuo a achar!

Anónimo disse...

Já agora posso pedir um disco?"Estrela da tarde" - Carlos do Carmo. Obrigada Beijos

Tiago Pascoal disse...

Lady, antes de divulgar a minha lista, que consegui fazer ainda mais complicada que a da Lita :D, deixa-me dizer à Lita que não concordo nada com ela quando coloca a música "Deixa-me Sonhar" da Rita Guerra em primeiro lugar empatada com outras. A Rita Guerra tem músicas muito boas, mas esta não é seguramente uma delas.

É um pouco amorfa.. parece querer imitar o ritmo estranho de algumas músicas de outros países...desta vez a classificação baixa é merecida. A Rita Guerra tem muito melhor do que isto.

Por outro lado tenho de te dar os parabéns, porque me deste a conhecer a do Carlos do Carmo, de que gostei muito :D

Bom, cá vai a minha lista complicada:


As Melhores de sempre:

- Lucia Moniz - O meu coração não tem côr (1996)

(È quase perfeita.. talvez se não fosse tão apressada no ritmo, nomeadamente a iniciar. Aliás isso nota-se no tempo de duração.. menos de três minutos)


- Dulce Pontes Lusitana Paixão (1991)

- Anabela - A Cidade (Até Ser Dia) (1993)



Melhor Canção Pop:

- Carlos Paião - Playback (1981)

(Muito à frente no seu tempo, pelo menos para o standard português. Reparem na Ana Bola de amarelo!)

- Da Vinci - Conquistador (1989)

- Dina - Amor D'Água Fresca (1992)

- Doce - Bem Bom (1982)



Melhor Balada:

- Sara Tavares - Chamar a Música (1994)

(a cantora da versão interpretada na gala da RTP também é muito boa! Fez um excelente trabalho)

- Maria Guinot - Silêncio e tanta gente (1984)



Melhor música anterior a 1980:


- Carlos Mendes - A Festa da Vida (1972)

(Sabiam que esta música é, a par do "Um Grande, Grande Amor" do José Cid, a segunda melhor classificação de Portugal, 7.º lugar ? E se olharmos para os pontos, é a segunda melhor isolada, com 90 pontos, logo a seguir aos 92 da Lúcia Moniz)


- Fernando Tordo - Tourada (1973)

- Simone de Oliveira - Desfolhada (1969)

- Madalena Iglésias - Ele e Ela (1966)



Melhor Música Kitsch / Olha os Abba representaram Portugal no Festival!

- Gemini - Dai Li Dou (1978)



Melhor Música Pimba/Repetitiva/Como é que isto conseguiu chegar aqui? ("Letra" e "mushca" do Rei do Pimba, Emanuel) :

- Sabrina - Dança Comigo (Vem Ser Feliz) (2007)



Pior música e letra de sempre, pior vestimenta, vozes mais desafinadas e pseudo irreverência:

- Nonstop - Coisas de Nada (2006)

("Não estragues a noite com coisas de nada" Os versos são uma valente !"#$%&, mas... ouviram-se, Non Stop? Não estraguem a noite com coisas de nada!)

Aníbal Meireles disse...

Lady:

Tenho de concordar com o Tiago, a música da Lúcia Moniz está entre as melhores. Tanto que a coloquei no meu blog. Se há uma forma certa de retratar a nossa essência ou portugalidade, aquela é uma delas.

Depois, olha foi divertido ver as músicas e encontrar algumas semelhanças com outros interpretes: o José Cid é o nosso Elton John, a Dulce Pontes a nossa Whitney Houston, o Armando Gama o nosso John Lennon. Diverti-me à conta disto uns minutos.

Mas infelizmente constato que desde o início desta década que temos sido consistentemente maus. Não digo lá fora, porque é mais difícil com a concorrência e com os favores, mas cá dentro mesmo. As músicas não prestam.

No ano 2000 nem fomos à final, e em 2002 nem sequer fizémos nenhum festival. O ano passado a coisa roçou o digno novamente, mas não foi nada de especial, foi banal, respescado, requentado, etc.

Mas o que eu receio mesmo é que vamos fechar esta década da pior forma com a Floriseca. Aquela música é um desastre de uma ponta à outra, é só clichés, e como se não fosse a bilionésima vez que alguém faz isso, pega no slogan do Obama. Haja paciência.

Mas vai haver muitas badamecas e badamecos histéricos a votar em massa nesta Floritreta.

E lá vamos nós mais uma vez passear implantes de "sillycone", fazer uma fraca figura e obter uma péssima pontuação.

É fácil ser vidente neste país. Basta ser pessimista.

Mas ainda tenho a esperança de estar enganado; espero que ganhe outra, ou que o Ramon Galarza dê a volta à música de tal maneira que não seja a mesma.

Anónimo disse...

Lady...posso?
Aníbal e Tiago: Muito bem, conseguiram fazer-me rir neste domingo cinzento e tristonho!Obrigada