James Douglas Morrison (1943-1971), vocalista dos Doors, é o inspirador do título deste blogue.
Atravessei com ele grande parte do período da minha adolescência. Ficaram marcas indeléveis.
Presto-lhe hoje a minha homenagem adulta, apesar de reconhecer na sua mensagem irreverente e contrária à do Peace & Love, da generalidade das bandas do seu tempo, algo de negativo, que não perfilho nem aconselho. Ficou, contudo, em mim, muito arreigado, o espírito crítico inerente à essência do desassossego de Jim.
Marginal convicto, perseguiu uma felicidade que não poderia encontrar, pois o seu apelo à diferença impelia-o a suscitar a violência. Foi uma viagem curta mas intensa, de uma genialidade musical que se associa ao seu carácter inquieto, à sua necessidade de afirmação pela não aceitação de massificação nem hipocrisia.
Não podia deixar de ser ele (pela minha mão, claro!) a abrir um blogue que pretende ser exclusivamente musical.
A música é, contudo, um mundo em si própria. Assim seja este espaço virtual.
Pretendo que por aqui haja de tudo, entre mestres e criaturas novas - provocando delírios about music.

sábado, 23 de julho de 2011

HOMENAGEM A AMY WINEHOUSE

Engrossando os números do mito da morte de músicos famosos aos 27 anos (Jimmi Hendrix, Brian Jones, Kurt Cobain, Jim Morrison, Janis Joplin...), Amy morreu hoje, depois de uma vida e de uma carreira atribuladas.


Há pessoas que sentem a vida de uma forma extremamente aguda. Tudo lhes inunda todos os poros e as faz vibrar e voar ou rastejar, quer para os píncaros, quer para as zonas subterrâneas da existência.
Amy Winehouse era um ser especial, uma força da natureza, em termos vocais e compositivos, mas, também, uma mulher de uma fragilidade imensa, no que ao processamento da realidade social dizia respeito. A sua sensibilidade invulgar valeu-lhe uma exposição pública pouco abonatória, pois os caminhos do álcool e das drogas interferiram várias vezes negativamente nas performances que os fãs esperavam de si.


Certo é que Amy abriu caminho para cantoras como Duffy, Adele, Joss Stone, a nossa Aurea, cujos estilo e vozes foram praticamente aceites e elogiados de imediato, tendo em conta que não carregavam consigo a pecha da marginalidade nem a da excentricidade...


Certo é, também, que Amy será uma referência incontornável, para muitos bons músicos de que ainda havemos de ouvir falar.
RIP, Amy. You deserve.

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