James Douglas Morrison (1943-1971), vocalista dos Doors, é o inspirador do título deste blogue.
Atravessei com ele grande parte do período da minha adolescência. Ficaram marcas indeléveis.
Presto-lhe hoje a minha homenagem adulta, apesar de reconhecer na sua mensagem irreverente e contrária à do Peace & Love, da generalidade das bandas do seu tempo, algo de negativo, que não perfilho nem aconselho. Ficou, contudo, em mim, muito arreigado, o espírito crítico inerente à essência do desassossego de Jim.
Marginal convicto, perseguiu uma felicidade que não poderia encontrar, pois o seu apelo à diferença impelia-o a suscitar a violência. Foi uma viagem curta mas intensa, de uma genialidade musical que se associa ao seu carácter inquieto, à sua necessidade de afirmação pela não aceitação de massificação nem hipocrisia.
Não podia deixar de ser ele (pela minha mão, claro!) a abrir um blogue que pretende ser exclusivamente musical.
A música é, contudo, um mundo em si própria. Assim seja este espaço virtual.
Pretendo que por aqui haja de tudo, entre mestres e criaturas novas - provocando delírios about music.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Zeca Afonso - Venham Mais Cinco

É muito agradável a sensação de chegar a um blogue em que não mexo há cinco meses e perceber que ele ainda me quer, e agora sem exigências...

Cá estou de novo. Recomeço com o Zeca!
Talvez vá trazendo novidades para o funcionamento do blogue, à medida que a mente as pedir...

Olá, de novo, para quem já me visitava.
E sejam todos bem aparecidos por cá, da forma que mais vos agradar.

3 comentários:

Vítor disse...

"Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar

Menino sem condição
Irmão de todos os nus
Tira os olhos do chão
Vem ver a luz

Menino do mal trajar
Um novo dia lá vem
Só quem souber cantar
Virá também"

in Zeca Afonso, «Menino do Bairro Negro»


Desculpa-me a pseudo-epígrafe de uma arte furtada, mas fiquei tão feliz por teres reaberto esta janela que me apeteceu saudar a chegada do Sol, do teu Sol há tanto tempo escondido por trás das nuvens de cinza talvez vulcânica.
Adorei o mote que usaste e anseio pelas voltas que lhe possamos vir a dar.
Zeca, sempre Zeca!
Imagina que, de há uma semana para cá, a minha Catarina (acho que é a primeira vez que desabrevio o nome da minha filha) - que, como sabes, já fez três anos - me pede quando a vou deitar que lhe cante o, como ela lhe chama, "Dóme, meu menino", como quando era bebé e a adormecia com a "Canção de embalar" do Zeca.
Pede, especialmente, que lhe cante o verso "Afina a garganta, meu cantor" e emociona-se, quase até às lágrimas, com a toada grave do refrão.
Amo-a ainda mais por isso, assim como amo ainda mais a canção por me unir desta forma à minha filha, como amo ainda mais o Zeca que tudo isto propiciou.

Bom regresso!

Beijo

Aníbal Meireles disse...

LOLOLOL

Bem-vinda de volta, e belo tema para começar!

Agora explica lá o que significa aqui venham mais cinco ? Estivest cinco meses sem cá por os pés, quer dizer que vais ficar durante cinco meses ou vieste só arejar a casa ?

Eu estou-me a rir porque hoje a seguir ao almoço pensei em voltar ao meu das músicas... com uma dedicada a ti, vê lá bem a coisa!

E sabes que mais, vou fazê-lo agora!

Lady Godiva disse...

Ai, Vítor, que bom que é proporcionar momentos bons a outrem! Faz-nos sentir úteis.
O que o Zeca não estará a sentir, lá onde estiver...
Vamos lá ver se isto tem voltas...
Espero que venham todos, sejam cinco, dez ou quinhentos, pois na minha casa canta quem quiser cantar.
Adorei o tua expressão inflamada da comunhão Catarina-Vítor-Zeca.
Mando um beijo especial ao vértice por mim menos conhecido desse triângulo.

Ainda bem que gostas de me ver de volta. Vou estando.

- X -

Aníbal:
Tenho tantas saudades de uns determinados tempos que andámos para aqui com discussões, pedidos, jogos, desafios...
Vim sem projecto, aceitando o que acontecer.
Mas se vierem mais cinco bloguistas, ou mais cinco blogues, ou mais cinco meses... Venha tudo e quem vier por bem!

Continuo a gostar de ceder a impulsos... Serei talvez criança para sempre!
Venham daí!